O inicio da prática do
futebol feminino no Brasil começou com muitas dificuldades, com algumas
permanências até hoje. Sempre tiveram dificuldades em se impor quando o assunto
era igualdade de gêneros, pois historicamente foram vistas como um ser frágil e
dependente e com poucas oportunidades para provar o contrário (MOREIRA, 2008).
O futebol é um esporte
praticado tanto por homens quanto por mulheres. Apesar de, em sua maioria, ser
praticado por pessoas do sexo masculino, as mulheres têm demonstrado bastante
interesse em jogá-lo. Assim, a primeira partida de futebol feminino ocorreu
entre as seleções da Inglaterra e da Escócia no ano de 1895. Já em 1922, foi
criada em Paris a União Esportiva Feminina Internacional a qual organizou o
esporte feminino com campeonatos mundiais em algumas modalidades esportivas, em
incluso o futebol. Com isso, as mulheres foram se integrando aos esportes,
principalmente com a primeira participação em Jogos Olímpicos no ano de 1928,
em Amsterdã (SANTOS, 2013).
Um dos argumentos que mais influenciam o preconceito é a leitura da
biologia sobre a suposta fragilidade física e natureza materna da mulher. Desta
forma no Brasil, o futebol é sexualizado. Desvelar essa face do machismo
possibilita compreender que ao ‘calçar as chuteiras’, as mulheres do Brasil
transgrediram uma das áreas de maior representação do papel masculino e que
traduz o espaço público como ‘do homem’: os campos de futebol. E assim,
‘descendo do salto’, as mulheres botaram os dois pés na rua, e impuseram ao
mundo masculino do futebol momentos de rara igualdade de papeis proporcionados
pela técnica e pela ginga porquanto estes fatores independam de sexo (MOREIRA,
2008).
Infelizmente, a imagem
estereotipada do futebol continua afastando as mulheres de sua prática. Pois
ainda encontra-se um numero significativamente maior de homens do que de
mulheres praticando-o, tanto em forma de lazer, esporte escolar ou
profissional. Mas o esporte para mulheres parece manter, historicamente, preso
a armadilhas. Nos primórdios do movimento olímpico, às mulheres era vetada a
participação, cabendo-lhes apenas a entrega dos louros aos vencedores. Com a
luta feminina pela igualdade de poderes na sociedade, a participação feminina
nos esportes aumentou muito (PAIM, 2004).
A mulher ainda sofre preconceito quando
o assunto é o futebol feminino, não como antigamente, pois o preconceito era
muito forte naquela época. Mas talvez isso aconteça ainda até mesmo por falta
de patrocínio, e por não ser tão valorizado como o futebol masculino.
Autora: Franciélli Regina dos Santos
Referências:
MOREIRA, Anália de
Jesus. O futebol é feminino. O ‘jogo’,
masculino: ‘um pouco’ da trajetória das mulheres baianas no processo de
valorização do esporte. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 13, Nº 124, Setembro de 2008. Disponível em: http://w ww.efdeportes.com/efd124/o-futebol-e-feminino-o-jogo-masculino.htm
SANTOS, Izabela Almeida, As
formas de preconceito no futebol feminino. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 18, Nº 172,
Maio de 2013. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd180/preconceito-no-futebol-feminino.htm
MOREIRA, Ramon Missias. A mulher no futebol brasileiro: uma ampla visão. EFDeportes.com,
Revista Digital. Buenos Aires,
Ano 13, Nº 120, Maio de 2008. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd120/a-mulher-no-futebol-brasileiro.htm
PAIM, Maria Cristina Chimelo. Visão estereotipadas sobre
a mulher no esporte. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 10, Nº 75, Agosto de 2004.
Agradecida Profa Franceli pela referência.
ResponderExcluirAtt
Profa Anália de Jesus Moreira