quarta-feira, 26 de novembro de 2014

PRECONCEITO DO FUTEBOL FEMININO NO BRASIL

O inicio da prática do futebol feminino no Brasil começou com muitas dificuldades, com algumas permanências até hoje. Sempre tiveram dificuldades em se impor quando o assunto era igualdade de gêneros, pois historicamente foram vistas como um ser frágil e dependente e com poucas oportunidades para provar o contrário (MOREIRA, 2008).
O futebol é um esporte praticado tanto por homens quanto por mulheres. Apesar de, em sua maioria, ser praticado por pessoas do sexo masculino, as mulheres têm demonstrado bastante interesse em jogá-lo. Assim, a primeira partida de futebol feminino ocorreu entre as seleções da Inglaterra e da Escócia no ano de 1895. Já em 1922, foi criada em Paris a União Esportiva Feminina Internacional a qual organizou o esporte feminino com campeonatos mundiais em algumas modalidades esportivas, em incluso o futebol. Com isso, as mulheres foram se integrando aos esportes, principalmente com a primeira participação em Jogos Olímpicos no ano de 1928, em Amsterdã (SANTOS, 2013).



Um dos argumentos que mais influenciam o preconceito é a leitura da biologia sobre a suposta fragilidade física e natureza materna da mulher. Desta forma no Brasil, o futebol é sexualizado. Desvelar essa face do machismo possibilita compreender que ao ‘calçar as chuteiras’, as mulheres do Brasil transgrediram uma das áreas de maior representação do papel masculino e que traduz o espaço público como ‘do homem’: os campos de futebol. E assim, ‘descendo do salto’, as mulheres botaram os dois pés na rua, e impuseram ao mundo masculino do futebol momentos de rara igualdade de papeis proporcionados pela técnica e pela ginga porquanto estes fatores independam de sexo (MOREIRA, 2008). 
Infelizmente, a imagem estereotipada do futebol continua afastando as mulheres de sua prática. Pois ainda encontra-se um numero significativamente maior de homens do que de mulheres praticando-o, tanto em forma de lazer, esporte escolar ou profissional. Mas o esporte para mulheres parece manter, historicamente, preso a armadilhas. Nos primórdios do movimento olímpico, às mulheres era vetada a participação, cabendo-lhes apenas a entrega dos louros aos vencedores. Com a luta feminina pela igualdade de poderes na sociedade, a participação feminina nos esportes aumentou muito (PAIM, 2004).
A mulher ainda sofre preconceito quando o assunto é o futebol feminino, não como antigamente, pois o preconceito era muito forte naquela época. Mas talvez isso aconteça ainda até mesmo por falta de patrocínio, e por não ser tão valorizado como o futebol masculino. 



                                                             
                                                                             Autora: Franciélli Regina dos Santos



Referências:

MOREIRA, Anália de Jesus. O futebol é feminino. O ‘jogo’, masculino: ‘um pouco’ da trajetória das mulheres baianas no processo de valorização do esporte. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 13, Nº 124, Setembro de 2008. Disponível em: http://w ww.efdeportes.com/efd124/o-futebol-e-feminino-o-jogo-masculino.htm

SANTOS, Izabela Almeida, As formas de preconceito no futebol feminino. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 18, Nº 172, Maio de 2013. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd180/preconceito-no-futebol-feminino.htm 

MOREIRA, Ramon Missias. A mulher no futebol brasileiro: uma ampla visão. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 13, Nº 120, Maio de 2008. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd120/a-mulher-no-futebol-brasileiro.htm

PAIM, Maria Cristina Chimelo. Visão estereotipadas sobre a mulher no esporte. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 10, Nº 75, Agosto de 2004.

Um comentário:

  1. Agradecida Profa Franceli pela referência.

    Att

    Profa Anália de Jesus Moreira

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