Hoje em dia o papel da Educação Física ainda sofre com a dificuldade de aceitação quanto a sua importância como prática pedagógica na escola. A Educação Física deve proporcionar um desenvolvimento global do aluno, procurando torna-los mais criativos, independentes, responsáveis, críticos e conscientes, nesse contexto os jogos e brincadeiras se tornam uma ferramenta muito importante para se chegar a esses objetivos. Quando a criança vivencia a recreação através dos jogos, músicas, brinquedos, brincadeiras, ela vai adquirindo elementos que vão construindo sua identidade e ajudando-a a conhecer a realidade a sua volta (AWAD, 2010).
E por que não trabalhar velocidade e resistência com uma brincadeira de “pega-pega” com temática de animais por exemplo. Enfim, trabalhar com as crianças com atividades nas quais muitas vezes elas não vão nem perceber que estão trabalhando, assim mantendo-se motivadas (RAUL JÚNIOR, 2013).
A criança aprende brincando e brincando ela aprende. O jogo ensina sem que o jogador perceba, podendo, no futuro, compreender o que aprendeu em um jogo, mas no momento da atividade lúdica a motivação principal é a própria recreação (GOMES; SALLES FILHO, s/d).
Ao brincar na Educação Física e na recreação, a criança adquire aprendizados de forma natural, gradativa e muito prazerosa, desenvolvendo habilidades como integração com o grupo, locomoção, raciocínio, espírito esportivo, resistência física e psicológica, criação de estratégias, motivação, criatividade, comunicação, espírito de liderança, noções de tempo e espaço, compreensão dos limites dos outros, interpretação de situações, curiosidade, motricidade, coragem, desinibição, convivência, saber perder, respeito ao próximo, aceitação de limites e o reconhecimento de que eles são necessários, saber esperar, autonomia, atenção, cooperação. Tudo isso reconhecendo erros e a aprendendo a corrigi-los em competições sadias (COLUNISTA PORTAL, 2013).
De forma ainda bem discreta, vemos que recreação como uma atividade prazerosa realizada pelo indivíduo de forma espontânea para ocupar o tempo livre, com o tempo vem se modificando e deixando de ser vista simplesmente como uma forma de ocupar o tempo livre e começando a ser vista como uma ferramenta pedagógica e educadora. O jogo dentro de seus diversos formatos, porém com características específicas, pode ser educativo e auxiliar a aprendizagem de outras disciplinas como desenvolvendo aspectos biopsicossociais. A brincadeira é uma atividade natural que pelo seu caráter livre possibilita momentos de liberdade de ação e criação ao indivíduo. E, por fim, o Lúdico é tudo que cria uma ótica diferente da realidade que vivemos, transportando o indivíduo para um “mundo” diferente, está presente nos jogos e nas brincadeiras e também é um aspecto da vida humana, um estado de bem-estar.
A recreação na Educação Física escolar estabelece um elo entre o aspecto lúdico e o educativo em que a criança adquire aprendizados de forma natural e prazerosa, desenvolvendo habilidades como integração, locomoção, raciocínio, motivação, criatividade, comunicação, espírito de liderança, motricidade, coragem e quando proporcionado aos alunos um ambiente mais divertido e descontraído, eles ficam mais motivados para aprender.
Autor: Bruno Bomfim Ferreira
Referências:
AWAD, Hani. Educação Física Escolar: múltiplos caminhos. Jundiaí: Editora Fontoura, 2010.
COLUNISTA PORTAL. A importância da recreação e Educação Física nas escolas. 2013. Disponível em: <http://www.portaleducacao.com.br/educacao-fisica/artigos/50585/a-importancia-da-recreacao-e-educacao-fisica-nas-escolas> Acesso em: 23/11/2013.
GOMES, Jussara Lopes; SALLES FILHO, Nei Alberto. Jogos a importância no processo educacional. S/D Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1562-8.pdf> Acesso em: 23/11/2013.
RAUL JÚNIOR. Atividades Recreativas e a Educação Física Escolar, 2013. Disponível em: <http://www.educacaofisica.com.br/index.php/blogs-ef/entry/atividades-recreativas-e-a-educacao-fisica-escola> Acesso em: 22/02/2014.
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