Autor: Rafael Arantes Silva
Encontramos atualmente em diversos exercícios, em ambientes voltados à prática esportiva, ginásticas, aulas de fitness, a presença da música como acompanhamento de aula, ou também como uma escolha voluntária do praticante em fazer a execução do exercício com a audição da mesma, como exemplo em corridas, caminhadas, antes do início de um jogo, um competição.
Na academia de musculação este cenário não é diferente esta presença mostra-se notório em rádios, caixas de som, som ambiente, ou também por meio do uso de celulares, Mp3, Ipods entres outros, ou seja uso individualizado da música. Porém não costuma perguntar o motivo dessa utilização dessa música, deixando assim uma dúvida de qual poderia ser a influência, a importância da música na realização do treinamento.
Realizei uma pesquisa com 20 pessoas, entre elas, homens e mulheres com faixa etária de 18 a 35 anos, e foi aplicado um questionário com 8 questões, sendo 3 questões abertas e 5 fechadas. De acordo com as respostas, comparadas em relação ao que a literatura nos mostra foi constatado que música pode ser uma aliada importante ao exercício, pois com os relatos dos entrevistados, essa audição musical motiva positivamente na execução do exercício, deixando a pessoa com um estado melhor de ânimo, enfrentando de forma mais prazerosa esse treinamento, pois a música mostra-se um estímulo agradável as pessoas, porém ao mesmo tempo que ela motiva, concentra, nota-se que essa relação música com exercício passa desapercebida na musculação, pois como o estímulo sonoro chega ao sistema autônomo, e o mesmo provoca reações involuntárias em cada indivíduo de acordo com a sensibilidade de cada um, como cita Zampronha (2007), muitas pessoas não percebem essas reações psicológicas (motivação), fisiológicas que a música pode trazer.
Essas reações fisiológicas como maior vigor, redução da frequência cardíaca, percepção de dores, são reações que são atribuídas a música na execução do exercício, autores como Todres (2006) e Floriano (2011), Wieland (2012), Terry e Karageorghis (2006) dizem que a audição musical pode trazer esses benefícios fisiológicos no exercício, contrariando autores como Nakamura, Deustch e Kokubun (2008), Bach e Macedo (2010) que dizem que a música estimula no treinamento, na execução do exercício apenas psicologicamente.
Finalmente a música pode ser melhor explorada principalmente em atividades que envolvem rendimento, performance, treinamento, pois irá ajudar a pessoa focar no exercício, se motivar, buscar se superar, por meio das reações psicológicas, embora seja muito comum encontrar relatos de que ouvindo música no treino posso ficar mais forte, menos cansado, com mais vigor, mais potência considerados efeitos fisiológicos, porém esses efeitos fisiológicos, são notados muito mais pela percepção psicológica, da sensação de estar mais agitado, motivado, com mais ânimo do que propriamente, a realização do aumento de força, vigor, bloqueio de estímulos de dor entre outros, sendo assim esse universo música com exercício é encontrado por grande maioria com estudos recentes, e ainda sendo pouco explorado nos treinamentos, possibilitando para que no futuro se facilite, possibilite maior conhecimento do poder motivacional, psicológico que a música pode trazer no treinamento não só de musculação, más sim em esportes , ginásticas, aulas de fitness em geral, entre outros.
BACH, Franciéli Adriana; MACEDO, Thaís Cristina de. Influência da música na realização de exercícios na sala de musculação. Universidade Regional de Blumenau – FURB, Pág. 1-12, 2010.
FLORIANO, Cleber Rosa. A influência da música no exercício físico: uma revisão de leitura. Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, Pág. 1-11, 2011.
NAKAMURA, Priscila Missaki; DEUSTCH, Silvia; KOKUBUN, Eduardo. Influência da música preferida e não preferida no estado de ânimo e no desempenho de exercícios realizados na intensidade vigorosa. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, v.22, n.4, Pág. 247-255, 2008.
TERRY, P.C; KARAGEORGHIS, C.I. Psychophysical effects of music in sport and exercise: an update on theory, research and application. In: M. Katsikitis (Ed), Psychology bridging the Tasman: Science, culture and practice – Proceedings of the 2006 Joint Conference of the Australian Psychological Society and the New Zealand Psychological Society, Melbourne, VIC: Australian Psychological Society, Pág. 415-419, 2006.
TODRES, David. Música é remédio para o coração. Jornal de pediatria, v.82, n.3, Pág. 166-168, 2006.
WIELAND, João Pedro Vital Brasil. Aplicativo de celular para controlar exercício físico. Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Pág. 1-13, 2012.
ZAMPRONHA, Maria de Lourdes Sekeff. Da música, seus usos e recursos. 2.ed. São Paulo: Editora UNESP, 2007.
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