quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Incidência das Lesões nos Jogadores de Voleibol


Olá galera, tudo bem?
Venho aqui para falar um pouco sobre as lesões provenientes da prática do voleibol.

As atividades esportivas são uma das maiores causas de lesões, em comparação com acidentes de viação, acidentes em casa, acidentes de lazer, acidentes laborais ou violência, sendo que as lesões nos esportes podem resultar em dor, afastamento de jogos ou do trabalho, e gastos médicos. Para aqueles que vivem o esporte de forma amadora, uma lesão pode trazer algumas alterações no seu dia-a-dia, podendo ou não comprometer suas tarefas diárias. Porém, para os que têm o esporte como sua vida profissional, podem, dependendo da lesão, ter sua carreira comprometida (FONG et al., 2007 apud ATALAIA; PEDRO; SANTOS, S/D).

As principais lesões nos praticantes de voleibol são nos tornozelos, joelhos e ombros, seguidos de mãos e coluna vertebral. (COHEN & ABDALLA, 2003; MACHADO, 2006).

Muitas das contusões no voleibol acontecem por esforços repetitivos. Podemos observar esse fato no ombro do sacador ou do cortador, nos membros inferiores provenientes dos sucessivos saltos dos jogadores de voleibol nos treinos e nos jogos, e em diversas outras situações (SIMPLÍCIO, 1996 apud MARQUES JUNIOR, 2004; HALL, 1993 apud MARQUES JUNIOR, 2004; RODACKI et al., 1997 apud MARQUES JUNIOR, 2004).


A maior incidência de lesões no voleibol se localiza nos membros inferiores. Isto acontece porque os saltos proporcionam um elevado estresse nos membros inferiores na fase de impulsão e na etapa de queda. Os saltos correspondem a 63% das lesões no voleibol, pois além do ataque, do saque em suspensão e do bloqueio, ele ocorre também em algumas ações defensivas, na maioria dos levantamentos, e até mesmo em algumas recepções (HOLTHE et al., 1998 apud MARQUES JUNIOR, 2004; BRINER JUNIOR & KACMAR, 1997 apud MARQUES JUNIOR, 2004; BRINER JUNIOR & BENJAMIN, 1999 apud MARQUES JUNIOR, 2004).

Estudos comprovam que mais de 50% das lesões nos atletas ocorrem por má elaboração na prescrição do treinamento. A prescrição inadequada das sessões vem reduzindo a longevidade competitiva dos atletas. O procedimento chamado de “saltos” das cargas é muito comum nos esportes atualmente, mas isso acarreta em uma redução da carreira atlética do competidor, pois o organismo não tem mais reservas de adaptação para assimilar as novas cargas de treino, ocasionando uma piora nos resultados das competições, e resultando no sucesso esportivo apenas por um ou dois anos com essa maneira de prescrever os treinos (ACHOUR JÚNIOR, 1997 apud MARQUES JUNIOR, 2004; FILIN & VOLKOV, 1998 apud MARQUES JUNIOR, 2004; ZAKHAROV, 1992 apud MARQUES JUNIOR, 2004).

Muitos consideram que o voleibol não é um esporte de contato, sendo que esse é um dos principais fatores que acarretam lesões nos esportes em geral, fazendo com que ele tenha menor incidência que os outros esportes. Realmente, se compararmos com o futebol, basquetebol, handebol, entre outros, o voleibol tem muito menos lesões que eles. Mas, quando falam em esporte de contato, se referem apenas ao contato com o adversário, e que por ficar um time da cada lado, o voleibol não possui isso. Mas, esquecem que existe também o contato com o solo, com a bola, com a rede, com os próprios companheiros de time, com outros objetos ao redor da quadra, e até mesmo o contato com os adversários sim, em disputas na rede, tanto por cima dela, como por baixo.
            O voleibol é um esporte que atinge todas as classes sociais, todas as idades, independente de gênero e condição social. Ele é um dos esportes que mais tem crescido ao longo dos anos. Cada vez mais as pessoas o estão praticando, e com isso, o seu nível de jogo aumentou muito também, o que exige muito mais dos jogadores, fazendo com que a incidência de lesões também seja muito maior. Com esse aumento na quantidade de jogadores, e no nível de jogo, também temos que ter um aumento na quantidade de profissionais qualificados para passar os treinamentos.



Autor: Eduardo de São Thiago Neto


REFERÊNCIAS:

ATALAIA, T.; PEDRO, R.; SANTOS, CRISTIANA. Definição de Lesão Desportiva – Uma Revisão de Literatura. Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto. S/D. Disponível em: <http://www.apfisio.pt/gifd_revista/media/09jul_vol3_n2/pdfs/jul2009_2_lesao.pdf>.

MARQUES JUNIOR, N. K. Principais lesões nos atletas de voleibol. Revista Digital, Ano 10, n. 68. 2004.

COHEN, M.; ABDALLA, R. J. Lesões nos esportes, diagnósticos, prevenção e tratamento. Rio de Janeiro: Editora Revinter, 2003.

MACHADO, A. A. Voleibol: do aprender ao especializar. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2006.

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