Olá galera, tudo bem?
Venho aqui para falar um pouco sobre as lesões provenientes da prática do voleibol.
As atividades esportivas são uma das maiores
causas de lesões, em comparação com acidentes de viação, acidentes em casa,
acidentes de lazer, acidentes laborais ou violência, sendo que as lesões nos
esportes podem resultar em dor, afastamento de jogos ou do trabalho, e gastos
médicos. Para aqueles que vivem o esporte de forma amadora, uma lesão pode
trazer algumas alterações no seu dia-a-dia, podendo ou não comprometer suas
tarefas diárias. Porém, para os que têm o esporte como sua vida profissional,
podem, dependendo da lesão, ter sua carreira comprometida (FONG et al., 2007 apud ATALAIA; PEDRO; SANTOS, S/D).
As principais lesões nos praticantes de voleibol
são nos tornozelos, joelhos e ombros, seguidos de mãos e coluna vertebral. (COHEN & ABDALLA, 2003; MACHADO, 2006).
Muitas das contusões no voleibol acontecem por esforços
repetitivos. Podemos observar esse fato no ombro do sacador ou do cortador, nos
membros inferiores provenientes dos sucessivos saltos dos jogadores de voleibol
nos treinos e nos jogos, e em diversas outras situações (SIMPLÍCIO, 1996 apud MARQUES JUNIOR, 2004; HALL, 1993 apud MARQUES JUNIOR, 2004; RODACKI et al., 1997 apud MARQUES JUNIOR, 2004).
A maior incidência de lesões no
voleibol se localiza nos membros inferiores. Isto acontece porque os saltos
proporcionam um elevado estresse nos membros inferiores na fase de impulsão e
na etapa de queda. Os saltos correspondem a 63% das lesões no voleibol, pois
além do ataque, do saque em suspensão e do bloqueio, ele ocorre também em
algumas ações defensivas, na maioria dos levantamentos, e até mesmo em algumas
recepções (HOLTHE et al., 1998 apud MARQUES JUNIOR, 2004; BRINER JUNIOR
& KACMAR, 1997 apud MARQUES
JUNIOR, 2004; BRINER JUNIOR & BENJAMIN, 1999 apud MARQUES JUNIOR, 2004).
Estudos comprovam que mais de 50% das lesões nos
atletas ocorrem por má elaboração na prescrição do treinamento. A prescrição inadequada
das sessões vem reduzindo a longevidade competitiva dos atletas. O procedimento
chamado de “saltos” das cargas é muito comum nos esportes atualmente, mas isso
acarreta em uma redução da carreira atlética do competidor, pois o organismo
não tem mais reservas de adaptação para assimilar as novas cargas de treino,
ocasionando uma piora nos resultados das competições, e resultando no sucesso
esportivo apenas por um ou dois anos com essa maneira de prescrever os treinos
(ACHOUR JÚNIOR, 1997 apud MARQUES
JUNIOR, 2004; FILIN & VOLKOV, 1998 apud
MARQUES JUNIOR, 2004; ZAKHAROV, 1992 apud
MARQUES JUNIOR, 2004).
Muitos consideram que o voleibol não é um esporte de
contato, sendo que esse é um dos principais fatores que acarretam lesões nos
esportes em geral, fazendo com que ele tenha menor incidência que os outros
esportes. Realmente, se compararmos com o futebol, basquetebol, handebol, entre
outros, o voleibol tem muito menos lesões que eles. Mas, quando falam em
esporte de contato, se referem apenas ao contato com o adversário, e que por
ficar um time da cada lado, o voleibol não possui isso. Mas, esquecem que
existe também o contato com o solo, com a bola, com a rede, com os próprios
companheiros de time, com outros objetos ao redor da quadra, e até mesmo o
contato com os adversários sim, em disputas na rede, tanto por cima dela, como
por baixo.
O voleibol é um esporte que atinge
todas as classes sociais, todas as idades, independente de gênero e condição
social. Ele é um dos esportes que mais tem crescido ao longo dos anos. Cada vez
mais as pessoas o estão praticando, e com isso, o seu nível de jogo aumentou
muito também, o que exige muito mais dos jogadores, fazendo com que a
incidência de lesões também seja muito maior. Com esse aumento na quantidade de
jogadores, e no nível de jogo, também temos que ter um aumento na quantidade de
profissionais qualificados para passar os treinamentos.
Autor: Eduardo de São Thiago Neto
REFERÊNCIAS:
ATALAIA, T.; PEDRO, R.;
SANTOS, CRISTIANA. Definição de Lesão Desportiva – Uma Revisão de Literatura. Revista Portuguesa de Fisioterapia no
Desporto. S/D. Disponível em: <http://www.apfisio.pt/gifd_revista/media/09jul_vol3_n2/pdfs/jul2009_2_lesao.pdf>.
MARQUES JUNIOR, N. K. Principais
lesões nos atletas de voleibol. Revista
Digital, Ano 10, n. 68. 2004.
COHEN, M.; ABDALLA, R.
J. Lesões nos esportes, diagnósticos,
prevenção e tratamento. Rio de Janeiro: Editora Revinter, 2003.
MACHADO, A. A. Voleibol: do aprender ao especializar. Rio
de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2006.
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