O exercício resistido, mais conhecido como musculação, está na
moda. Vemos uma academia a cada esquina, mil fotos sendo postadas no Instagram
de musas fitness. Mas será que ele só tem por objetivo melhorar a aparência, a
estética e a beleza desse povo todo?
Nãaaaaaao. Ela é muito mais que isso, e hoje vou contar pra vocês
um pouquinho sobre como ela pode ajudar na prevenção e tratamento de doenças
cardiovasculares.
Uma breve definição: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS),
a reabilitação cardíaca é um conjunto de atividades essenciais para garantir
aos portadores de cardiopatia as melhores condições física, mental e social,
fazendo com que eles consigam, de forma independente, reconquistar uma posição
normal na comunidade e levar uma vida ativa e produtiva. Os programas de
reabilitação cardíaca foram desenvolvidos com o propósito de trazer essas
pessoas de volta às suas atividades diárias habituais, com foco na prática do
exercício físico, acompanhado por ações educacionais voltados para a mudança no
estilo de vida (MORAES, 2005).
O exercício resistido apresenta efeitos favoráveis em diferentes aspectos de saúde (força muscular, capacidade funcional, bem-estar psicossocial, além de impacto positivo sobre fatores de risco cardiovasculares. Os pacientes cardíacos frequentemente possuem pouca força física, resistência muscular localizada, e/ou confiança para realizar as atividades associadas à vida diária.
Algumas diretrizes internacionais ressaltaram a importância da aptidão muscular na preparação do paciente cardíaco para suas atividades vocacionais e recreacionais, pois essas atividades exercem demandas sobre o corpo que mais intimamente se parecem com o exercício resistido do que com o exercício aeróbio, sendo assim, é prudente incorporar o treinamento resistido ao programa de exercícios do paciente.
Porém, é importante analisar a recomendação dos exercícios resistidos ao cardiopata em relação aos seus riscos. Os exercícios resistidos de baixa intensidade não promovem grande sobrecarga cardíaca, pois elevam pouco a frequência cardíaca e a PA, podendo ser utilizado pelos cardiopatas. Por outro lado, os exercícios resistidos de alta intensidade aumentam consideravelmente a frequência cardíaca e a pressão arterial, ocorrendo um aumento abrupto do fluxo sanguíneo imediatamente após o término do exercício. Essa vasodilatação muscular reduz o retorno venoso, promovendo queda do débito cardíaco e drástica redução das pressões arteriais sistólica e diastólica, o que faz com que o exercício resistido de alta intensidade não seja indicado à população cardiopata.
Por isso, é imprescindível que o cardiopata esteja com seus exames e acompanhamento médico em dia, além de procurar um profissional de Educação Física qualificado para poder atendê-lo. Apesar de algumas recomendações, o cardiopata pode treinar como qualquer outro aluno.
E você, está esperando o que pra começar a musculação?
Autora: Raísa Tardelli
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